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13/02/2008 - Expectativa
O ramo de comércio e serviços é o que mais cresce no país, impulsionado principalmente pela expansão da economia, que oportuniza novos negócios, novos serviços e novas áreas de atuação para os trabalhadores/as. Mas também está entre os ramos com maior jornada de trabalho e com mais alto nível de exploração.



Em defesa da redução da jornada de trabalho sem redução de salário, a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs/CUT) está convocando junto com a Central Única dos Trabalhadores e as demais centrais uma grande coleta de assinaturas em apoio à medida, a partir das 10 horas, em frente ao Teatro Municipal, no centro da capital paulista.



De acordo com Lucilene Binsfeld (Tudi), presidente da Contracs/CUT, estudos da subseção do Dieese na entidade apontam que a redução da jornada deve gerar mais de 1,3 milhão de empregos no Ramo do comércio e serviços. "O movimento sindical tem condições de conquistar muitos apoios. Trabalhando a base e investindo na consciência de toda a sociedade vamos conseguir muito mais que 1 milhão de assinaturas. Uma sociedade consciente adere às lutas, reivindica e valoriza a classe trabalhadora", acrescentou.



"Com a redução da jornada de trabalho, os trabalhadores no comércio e serviços terão mais qualidade de vida, direito ao descanso e à vida social, coisas a que estão alijados pela terrível carga horária que cumprem diariamente. Só no setor de serviços, a redução da jornada de trabalho deve gerar, de acordo com informações da RAIS 2006, 764.834 novas vagas e no setor de comércio 602.788 novos empregos", explica Djalma Sutero, Secretário de Políticas Sindicais da Contracs/CUT e presidente do Sindilimpeza da Baixada Santista (SP).



Dados recém-divulgados do CAGED demonstram que o setor de serviços foi o que mais gerou empregos em 2007, com 587.103 novos postos de trabalho, seguido do comércio que apresentou 405.091 novos postos com carteira assinada. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) reúne as informações dos trabalhadores contratados sob o regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mas exclui os trabalhadores domésticos.

"Todos esses dados mostram a importância dos nossos setores para o desenvolvimento da economia do país. Precisamos ser ouvidos", chama a atenção Maria Isabel Caetano dos Reis, Secretária de Organização de Categoria da Contracs e Presidente do Sindiserviços de Brasília.



A força do comércio e serviços



Já há um engajamento muito grande dos sindicatos e federações na campanha contra o trabalho aos domingos, um dos principais fatores de opressão ao trabalhador de comércio e serviços, lembra José Vanilson Cordeiro.

"Agora, vamos abarcar uma luta maior: a da redução da jornada de trabalho em geral. Vamos continuar nas ruas, fazendo o trabalho de base e buscando algo maior que é a consciência dos cidadãos", completa o dirigente.



O ramo é repleto de histórias de trabalhadores que devido à extensa jornada acabam não tendo mais condições físicas e emocionais para continuar no trabalho. "Depois de enfrentar durante anos, 10 ou 12 horas de jornada diária, quem tem chance muda de área, quem não tem chance muitas vezes padece de doenças ocupacionais e psíquicas", enfatiza Geralda Godinho Sales, secretária-geral da Contracs e presidente do Sindicato dos Comerciários do DF.



"Por isso nossa luta pelo fim do trabalho aos domingos ganhou as ruas, conquistou os trabalhadores do ramo e a simpatia dos trabalhadores de outras áreas. Muitos trabalhadores e até consumidores foram sensibilizados pela campanha contra o trabalho aos domingos. Se hoje as pessoas sabem o que é o drama do trabalho aos domingos, é porque investimos em campanhas, camisetas, materiais de divulgação e nossos sindicatos realizaram passeatas, mobilizações, shows, carreatas, audiências públicas, ou seja, fizemos pressão em todos os níveis", cita Geralda.



Precisamos ir mais longe, destaca Lucilene. "Consciência é a palavra chave. Criar consciência é muito difícil. É nosso desafio. Já avançamos e conquistamos muitos/as companheiros/as com a luta contra o trabalho aos domingos. Agora precisamos ir mais longe e reduzir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais com o apoio da sociedade!".

Fonte: Site CUT



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