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04/06/2007 - Ler/Dort, doença preocupa o Brasil |
Nos últimos anos tem sido freqüente o número de trabalhadores que adoecem devido às doenças do trabalho. A Lesão por Esforço Repetitivo (LER) está entre as mais preocupantes. O número de trabalhadores acometidos pela doença tem crescido no Brasil.
A LER é uma doença causada por movimentos contínuos praticados de forma errada como, por exemplo, diante do computador. A principal razão para que esses sintomas se manifestem é a forma como as atividades são executadas, sem levar em conta a saúde do trabalhador e submetendo-o a longas jornadas em cadeiras desconfortáveis, mesas com altura inadequada.
No Brasil, a legislação está mudando a sigla L.E.R. para D.O.R.T., que significa Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Essa mudança está relacionada com uma abrangência maior do termo que antes estava relacionado somente aos membros do corpo com a lesão.
Atualmente, os médicos entendem que as causas fazem parte de um conjunto que vai desde o formigamento dos membros, passa pelas dores nos braços, pescoço, cotovelos e mãos, até chegar ao ferimento em si. Porém, acreditar que apenas os atos físicos estão relacionados a esse conjunto de fatores é um engano.
O estresse, fadiga e depressão também acentuam a Ler/Dort. Esse tipo de lesão não se limita apenas aos digitadores e trabalhadores das indústrias. Atualmente, é comum ver esse quadro de doença entre donas de casa, executivos, atletas, músicos, bailarinos, médicos, jornalistas e vários outros profissionais.
Segundo o Anuário Brasileiro de Proteção de Acidente no Trabalho de 2006, o Brasil está em 4º lugar no ranking em acidentes na área de trabalho com óbitos no mundo. A idade mais atingida é entre 30 e 40 anos para homens e mulheres. A LER/DORT é a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil. Só nos últimos cinco anos foram 532.434 Comunicações de Acidente de Trabalho abertas (CATS). Para Flávio Maldonado Bentes, engenheiro mecânico e técnico em segurança do trabalho, “se todos os setores governamentais e sociais têm responsabilidades sobre as condições de trabalho dos que constroem a riqueza do País, especial papel tem a mídia no cumprimento de sua missão de informar e analisar os fatos, influenciando a reflexão dos que trabalham, dos que empregam, dos que governam, dos que legislam e dos que julgam”. Segundo Flávio, o Brasil peca por não ter políticas preventivas que diminuam o número de trabalhadores atingidos por essas doenças, o que diminuiria o impacto dessas lesões nos cofres do INSS e do seguro social.
Assessoria Sindpd-DF
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