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17/11/2006 - Passe que vale ouro
Portadores de necessidades especiais são o
mais novo alvo das empresas para contratação

Os portadores de necessidades especiais estão vivendo uma situação atípica no país nos últimos anos. As empresas estão abrindo as portas para contratação de um grande número de trabalhadores e não conseguem preencher as vagas. Há muitos candidatos, mas poucos qualificados para as vagas de emprego. Nas empresas de tecnologia da informação o quadro é agravado, já que os profissionais contratados devem ter qualificação específica nas áreas de digitação, operação, programação e análise de sistemas.
Como outros empresários, a saída das empresas de TI é o investimento em educação e cursos específicos de qualificação para formar seus trabalhadores. Uma matéria publicada na revista Exame, de setembro, aborda justamente a ameaça à competitividade das empresas e a trava ao crescimento do país com a baixa qualidade do ensino brasileiro. Segundo a matéria o brasileiro estuda em média cinco anos, um dos mais baixos índices mundiais.
Um estudo feito pela Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) revela que o portador de necessidades especiais estuda ainda bem menos, cerca de dois a três. A baixa escolaridade diminui as chances desse profissional no mercado de trabalho.
As empresas de tecnologia do DF estão buscando ajuda no SINDPD-DF para cumprir as exigências da lei federal 8.213/91 que obriga a inclusão de 2% a 5% de portadores de necessidades especiais em empresas com um número de empregados que varia de 100 a 1000. Não tem sido fácil.
Acordo - Dia 14/11 a presidente do SINDPD-DF, Cristiane Albuquerque, e representantes das empresas DBA e Poliedro, e do SINDESEI/DF estiveram reunidos na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para assinatura de acordo em cumprimento à lei. A Poliedro tem o prazo de um ano para contratar cerca de 90 trabalhadores com necessidades especiais. Já a DBA necessita de 41 trabalhadores. Em tempos de crise uma boa notícia: as duas empresas farão, em média, 10 contratações por mês nos próximos 12 meses.
Apesar de animadora, a tarefa está longe de ser cumprida. As empresas têm buscado esses profissionais no mercado, mas sem muito sucesso. “O sindicato está auxiliando as empresas, pois é de interesse de todos que as pessoas com necessidades especiais tenham uma oportunidade no mercado. A grande dificuldade é a qualificação. Temos orientado as empresas que invistam na capacitação técnica para formação de profissionais adequados as funções”, explica Cristiane Albuquerque.
O investimento em cursos tem sido oneroso para as empresas e o resultado nem sempre é satisfatório. Muitos trabalhadores abandonam o curso ou quando concluem buscam empregos em outras empresas.
Outra orientação do sindicato é a contratação de um médico do trabalho para fazer um levantamento dentro das empresas, através de exames periódicos e obrigatórios por lei, para identificar em seu quadro de funcionários portadores de necessidades especiais. Pessoas que por algum motivo foram afastadas do mercado de trabalho e estão reabilitados também podem entrar nessa disputa. O SINDPD-DF está recebendo currículos que serão encaminhados às empresas.
Sem apoio – A criação da lei de cotas para portadores de necessidades especiais foi um grande avanço na legislação brasileira. Mas as dificuldades são muitas para fazê-la sair do papel. No Governo Lula é que se começou a fiscalização para o cumprimento da lei, mas o Estado ainda está muito longe de oferecer condições para a inclusão.
As escolas públicas não estão aptas para receber o portador de necessidades especiais. Não há professores especializados em linguagens de sinais ou adaptações para receber o deficiente físico. Segundo a Corde vem ocorrendo uma mudança com a disposição do presidente Lula em promover a inclusão.

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