1/12/2010 - A utilização de serviços de governo eletrônico no Brasil ainda é esporádica e superficial. Apenas 35% da população utilizam e-gov e, entre esses usuários, pouco menos de um terço usou somente um serviço nos últimos doze meses. Esses dados, revelados por uma pesquisa divulgada hoje pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br), por meio do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), mostram que o governo precisa aumentar esforços para ampliar a prestação de serviços públicos por meio da internet. Porque há demanda. A mesma pesquisa apontou que 56% dos entrevistados – foram ouvidos 3 mil cidadãos e 650 empresas, de quatro capitais e do Distrito Federal – "escolheriam a internet para acessar seviços de governo" e 60% declaram propensão a "indicar serviços na web para suas redes de contato".
Segundo o estudo do CGI.br, conduzido pelo Centro de Estudos das Tecnologias da Informação e Comunicação (Cetic.br), a internet está consolidada como meido de efetivar relação entre governo e empresas – enquanto 60% dos cidadãos alegaram acesso a serviços públicos por meio presencial, 79% das empresas declararam ser adeptas de e-gov. Menos da metade dos usuários pessoa física (39%) acessam portais públicos "só para busca de informação" e 51% "efetuam transações. No âmbito empresarial, praticamente não se usa a internet apenas para busca de informação – 88% dos acessos foram ientificados como "para informação e para transação".
Outros indicadores importantes da pesquisa TIC Governo Eletrônico, mapeiam os desafios a serem superados para que a população se aproprie, de fato, das novas tecnologias como ferramentas para facilitar o acesso a seus direitos civis. Veja, a seguir, alguns números relativos a barreiras culturais e educacionais para o crescimento do governo eletrônico no país:
65% não são capazes de sugerir quais serviços públicos deveriam estar disponíveis na internet
39% dos cidadãos temem pela segurança dos dados na internet
29% têm dificuldade em encontrar os serviços de que precisam
28% não recebem retorno de solicitações
48% preferem ser atendidos por uma pessoa
48% confessam não serem capazes de usar o computador muito bem
43% não têm computador em casa
36% não têm acesso à internet em casa
Veja a pesquisa completa em www.cetic.br
Fonte: A Rede
