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25/10/2010 - Justiça do Trabalho determina reintegração de empregada da Dataprev em Brasília
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No último dia 8 de julho, a 19ª Vara do Trabalho expediu um Mandado de Reintegração que obrigou a Dataprev a reintegrar a trabalhadora Selma Mariscal de Albuquerque ao quadro de empregados da empresa. Um oficial de justiça a acompanhou para cumprir o mandado, juntamente com o diretor de Comunicação e Imprensa do SINDPD-DF, Edson Simões.

 

Na última terça-feira, dia 20 de julho, foi realizada a audiência inaugural  para o julgamento do processo. A Dataprev recorreu e apresentou seu recurso. O SINDPD-DF está acompanhando o desdobramento do caso e auxiliando Selma no processo de reintegração à empresa.

 

A reintegração é mais uma vitória do SINDPD-DF contra as demissões sem justa causa realizadas na Dataprev, promovidas principalmente na gestão do presidente Rodrigo Assumpção, de Luiz Roberto Vieira, ex-dirigente sindical que ocupa cargo de confiança na empresa, e orientado por Warlley Pinheiro, Superintendente de Atendimento (SUAT).

O Sindicato vem denunciando as demissões imotivadas há algum tempo e está revertendo na justiça às injustiças causadas aos trabalhadores. “A reintegração da companheira Selma é mais uma vitória em toda essa luta”, atesta Djalma Ferreira, presidente do SINDPD-DF.

 

Selma Mariscal de Albuquerque foi recebida com carinho pelos colegas, que fizeram questão de recepcioná-la na portaria, acompanhá-la aos Recursos Humanos e finalmente a sua sala. Foi um trajeto de duas horas marcado por muita emoção. “A Selma lavou a nossa alma”, repetiam em couro os empregados. “Tudo que parece perda é ganho. Estava confiante na minha vitória”, afirma Selma emocionada.

 

Apesar da reintegração, algumas chefias ainda torcem o nariz para a decisão judicial.

 

O caso – Empregada da Dataprev há 21 anos, Selma Mariscal de Albuquerque foi demitida no dia 1º de junho de 2009, sem justificativa aparente. O fato foi uma surpresa e a forma que a trabalhadora foi convidada a sair da empresa chocou a todos. “Uma funcionária do setor de Recursos Humanos entrou na sala e exigiu a entrega do crachá. A Selma ficou batendo no vidro e pedindo para que os colegas abrissem a porta para que pudesse sair”, indigna-se Liliah Larrat, empregada da Dataprev e colega de trabalho.

 

Selma tem um regime diferenciado na Dataprev, com carga horária de seis horas e com flexibilização do seu horário de trabalho apoiado pelo Acordo Coletivo da Dataprev, para cuidar do filho que é portador de necessidades especiais com graves deficiências. Com frequência, viaja para acompanhar as cirurgias do filho em outro estado, principalmente neste momento que completou 18 anos, idade ideal segundo os médicos para cirurgias mais complexas. As chefias da empresa nunca aceitaram a condição da trabalhadora, e mesmo com as faltas abonadas, passou a ser submetida a diversos constrangimentos, humilhações e retaliações.

 

“É constante a pressão que sofro na empresa. Quando retornava de férias ou mesmo de alguma licença médica, minha mesa não existia mais e já tinham feito minha mudança de setor. Sempre ouço piadas e indiretas de que uso meu filho para tirar proveito e conseguir um horário diferenciado. Já recebi sugestão para pedir demissão, por pessoas que representam a empresa e alegam que a Dataprev atrapalha minha vida”, afirma.

 

Selma explica que no período que ficou afastada sofreu depressão e que jamais perdeu a esperança de voltar ao trabalho. “Nunca foi minha intenção ter um tratamento diferenciado na Dataprev, mas tenho o direito, concedido pelo nosso ACT, de cuidar do meu filho”, afirma. A trabalhadora já sofre de algumas doenças e foi afastada pelo INSS várias vezes para tratamento de saúde.

 

Denúncias – O SINDPD-DF acompanha o caso de Selma há algum tempo, por conhecer a perseguição que sofre na empresa. No período em que ficou afastada, o Sindicato acompanhou a trabalhadora e prestou toda a assistência ao advogado Nilton Correia que a defendeu. “O que nos causa estranheza é que uma empresa de caráter social como a Dataprev não saiba lidar com seus empregados, respeitar seus direitos e, principalmente, auxiliá-los nos momentos de dificuldade com apoio social e psicológico”, questiona o diretor Edson Simões.

 

Muitos outros empregados da Dataprev têm as mesmas reclamações e com medo de identificar-se e sofrerem perseguição, preferem não dizer seus nomes, mas relatam que é comum o empregado que tem afastamento médico ser tratado com descaso e indiferença.

 

Os trabalhadores também denunciam o descaso dos dirigentes que assumem a empresa sem conhecer a sua verdadeira história. “Aqui chegam assumindo cargos sem saber o verdadeiro compromisso com a sociedade, não batem um prego em uma barra de sabão, se aboletam em cargos, ganham altos salários e da mesma forma que chegaram partem sem deixar vestígios”, afirma Djalma Ferreira, presidente do Sindicato.

 

As denúncias ficam ainda mais graves. Segundo o sindicalista Edson Simões, a prática de demissões imotivadas na Dataprev está servindo para poupar a PREVDATA, afinal “nossos colegas saindo da empresa só levam a poupança sem a parte que a empresa já pagou. Será que isto tem fundamento?”, questiona. 

 

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