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28/05/2009 - Trabalhadores da Embrapa agendam greve para 2 de junho

Fonte: Sintaf Na próxima terça-feira (2), o Sinpaf (Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário) completará 20 anos. Também neste dia, terá início a greve dos trabalhadores da Embrapa contra a retirada de conquistas. A situação é emblemática porque resgata uma história de lutas que culminaram em conquistas que mudaram para melhor a vida dos trabalhadores. Naquele ano de 1989, cinco meses após a fundação do Sindicato, os trabalhadores foram forçados a fazer greve por reajuste salarial. Agora, 20 anos depois, são forçados a fazer greve porque a diretoria da empresa retira um direito conquistado no ano passado, após anos de reivindicação. O motivo da greve a partir da próxima semana é o retrocesso imposto pela diretoria da Embrapa no cálculo do valor do adicional de insalubridade. Além disso, a greve será a maneira mais incisiva de dizer para a empresa que os trabalhadores não aceitarão retrocesso em suas conquistas. “Com essa iniciativa, a Embrapa abre um precedente perigoso para retirar os demais direitos previstos no ACT 2008/09. Por isso, a adesão à greve deve ser maciça”, afirma Valter Endres, presidente do Sindicato. Embrapa reafirma retrocesso no pagamento da insalubridade De acordo com o Sinpaf, a greve, até o momento, foi aprovada em 63% das seções sindicais. Outras 13% deliberaram pela não adesão à greve e 24% ainda não haviam informado o resultado de suas assembléias. Diante desse resultado, a Diretoria Nacional, com base no Estatuto do Sindicato, comunicou à Embrapa o movimento paredista de greve por tempo indeterminado, a partir do dia 2 de junho, próxima terça-feira – data estimada como o primeiro dia útil após o pagamento dos salários do mês de maio. Na última terça-feira (26), a Embrapa comunicou oficialmente ao Sinpaf que não modificaria sua posição em relação à forma de pagamento da insalubridade, reafirmando, assim, as razões pelas quais os trabalhadores devem aderir à greve. O Sindicato já solicitou audiência com o secretário executivo no Ministério da Agricultura, José Fontelles, que também exerce a presidência do Conselho de Administração da Embrapa (Consad).