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28/11/2006 - Centrais sindicais propõem menos IR para trabalhador de classe média |
Fonte: Diretório Nacional - partido dos Trabalhadores.
Sete centrais sindicais finalizaram nesta segunda-feira (27), em reunião na sede nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), uma proposta de correção da tabela do Imposto de Renda que prevê reajuste de 7,7% na tabela e ampliação do número de alíquotas – o que reduziria o valor pago pela maioria dos trabalhadores de classe média.
As propostas serão entregues ao governo federal nos próximas dias 6 e 7 de dezembro, quando acontece a III Marcha Nacional do Salário Mínimo.
Atualmente, os trabalhadores com renda líquida de até R$ 1.257,12 ficam isentos do IR, enquanto os assalariados com vencimentos entre R$ 1.257,13 a R$ 2.512,08 e acima de R$ 2.512,08, pagam, respectivamente, 15% e 27,5%.
Segundo nota divulgada pela CUT, com o reajuste de 7,7%, os valores sobre os quais incidiriam as diferentes alíquotas seriam respectivamente de R$ 1.354,80 e R$ 2.707,27.
Mas as centrais vão além e defendem também a modificação das faixas de alíquotas, que ficariam assim: 10% de R$ 1.354,80 a R$ 2.258,00; 20% até R$ 4.516,00; 25% até R$ 6.774,00; e 27,5% acima deste valor.
"É importante deixar claro que a defasagem atual da tabela do Imposto de Renda atinge 50,36%: 7,7% relativos ao governo Lula e 39,52% do período 1996-2002. Temos o compromisso do presidente de zerar as perdas dos últimos quatro anos, mas queremos também resolver o problema dos anos FHC, que foi muito prejudicial aos trabalhadores", afirmou o presidente nacional da CUT, Artur Henrique da Silva Santos.
Na avaliação do assessor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior, a proposta das centrais - formulada com o apoio do órgão - desonera significativamente expressivas parcelas da classe média, recuperando a progressividade proposta na origem do Imposto de Renda.
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), a proposta vai desonerar a classe média, ampliando o consumo e garantindo melhorias para uma massa de assalariados.
A implantação da tabela progressiva, segundo ele, também contribui para diminuir a evasão fiscal. Participaram da reunião representantes da CUT, CGTB, CGT, CAT, SDS, Força e Nova Central.
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