Os reflexos do preconceito racial nas relações de trabalho e emprego, nos salários e nas oportunidades de crescimento profissional, e na própria relação social ainda são alarmantes, embora a discriminação se apresente de forma sutil, mas identificável, na grande maioria dos casos na sociedade.

De acordo com estudo do Instituto Data Popular, 92% dos brasileiros acreditam que há racismo no País, mas apenas 1,3% se considera racista. Ao mesmo tempo, a pesquisa também mostra que um em cada seis homens brancos não quer que a filha se case com homem negro.

Estudo divulgado em 2013 pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese mostra que um trabalhador negro recebe salário, em média, 36,1% menor do que um não-negro, independentemente da região onde mora ou da escolaridade. Segundo o estudo, a diferença salarial e de oportunidades de trabalho são ainda maiores nos cargos de chefia, o que se agrava quando o parâmetro é mulher negra.

Em pauta na Central desde sua fundação nos anos 80, a questão racial teve reflexo no aumento da participação dos negros nas direções CUTistas em suas várias instâncias. Na CUT, a maior central sindical do Brasil e da América Latina e a 4ª maior do mundo, 65,8% dos atuais dirigentes (Nacional, Estaduais e Ramos) são negros, como aponta pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese, realizada recentemente. Esse avanço na representação, contudo, não foi acompanhado na mesma proporção por promoção de programas e políticas de combate ao racismo em todo o movimento sindical.

“Mesmo com todos os avanços, observamos que o combate ao racismo precisa se tornar uma política. O problema não é a participação de negros e negras na Central. Precisamos fazer com que o combate ao preconceito não seja uma tarefa apenas da Secretaria de Combate ao Racismo. A política precisa ser do conjunto da direção e dos militantes da CUT”, avalia a secretária de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Nogueira.

Para a secretária de Combate ao Racismo da CUT Brasília, Maria Isabel Caetano, os “sindicatos dependem apenas da sua capacidade de luta e de organização” para promover um cenário mais equânime entre negros e não-negros.

“Devemos inserir nas pautas de reivindicações das campanhas salariais cláusulas que determinem a igualdade de salário, de oportunidades para contratação e para crescimento profissional entre raças; estabeleçam cotas nas vagas de emprego; criem canais de denúncia e apuração de casos de preconceito nas empresas”, orienta Maria Isabel Caetano.

Para a dirigente CUTista, ainda é preciso que a “CUT e os sindicatos filiados sigam cobrando, com mais vigor, dos governos federal, estadual, distrital e municipal a agilização de programas inclusivos da população negra com oferta de educação formal e profissionalizante, cultura, saúde e habitação, com geração de empregos”.

Fonte: CUT/Brasília

Sabe o que comemoramos dia 20 de novembro?

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído oficialmente pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho.

Programação do projeto Cara e CulturaNegra

O projeto Cara e CULTURANEGRA em sua décima edição apresentará o Tema: “ÁFRICAS INVISÍVEIS”, mostrando o quanto a África está presente em nosso viver e não percebemos. No falar, no vestir, na gastronomia, nas festas populares, religiosidade. Propõe um olhar sobre a influência africana no cotidiano do?brasileiro.

Este projeto piloto é uma iniciativa para futuras ações visando sempre boas reflexões com o objetivo de alcançar?a plena igualdade racial no Brasil.  

A abertura da exposição fotográfica de Sérgio Ranalli será nesta sexta-feira, 21/11, das 19h às 23h, na Praça dos Três Poderes.

Confira a programação:

ABERTURA DO CARA E CULTURA NEGRA?

Salão Negro do PANTEÃO DA PÁTRIA?

Praça dos Três Poderes  - Brasília  - Brasil?

19h às 23h??

Apresentações artísticas

19 horas – Abertura com a mensagem do sacerdote TATA NGUNZ'TALA?

19h30min - Grupo BATUKENJÉ?

20h - ORQUESTRA DE BERIMBAUS AFINADOS?

21h - FARRA DE BASQUIAT – intervenção cênica?

22h - Jorge Ramos e convidados?      

Lançamento do CD ‘LILITH, A LUA NEGRA’